Amor e mito como verdade cultural e subjetiva

Autores

  • Alessandro Melo Bacchini Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio
  • Junia de Vilhena Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio Université Denis-Diderot Paris VII Universidade de Coimbra
  • Ana Maria de Toledo Piza Rudge Universidade Veiga de Almeida Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental
  • Diogo de Siqueira Bendelak dos Santos

Palavras-chave:

amor, mito, verdade, subjetividade.

Resumo

Em “Psicologia das massas e análise do eu”, Freud questiona a dicotomia entre o individual e o coletivo, entre a cultura e a subjetividade, argumentando que o outro está sempre envolvido na vida psíquica do indivíduo. Tomamos como fio condutor a discussão empreendida por Lévi-Strauss e Lacan acerca do mito em seu papel cultural e individual. Elegemos o amor como objeto de estudo devido a seu papel fundante no que diz respeito à constituição da subjetividade e no tratamento psicanalítico e ao fato de que, na psicanálise, o amor é abordado a partir dos mitos de Narciso e de Édipo.

Biografia do Autor

Alessandro Melo Bacchini, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio

Psicólogo pela Universidade da Amazônia – UNAMA (2009), Mestre em Psicologia Clínica e Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Especialista em Psicologia da Saúde/Hospitalar pelo Instituto de Ensino e Pesquisa em Psicologia – IEPS (2011). Atualmente é doutorando em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), membro do Laboratório de Psicanálise e Psicopatologia Fundamental (LPPF – Belém/PA) e pesquisador Associado do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social – LIPIS/PUC-Rio. Bolsista CAPES.

Junia de Vilhena, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio Université Denis-Diderot Paris VII Universidade de Coimbra

Psicanalista. Doutora em Psicologia Clínica. Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social – LIPIS da PUC-Rio. Membro do GT da ANPEPP “Psicanálise e clínica ampliada”. Pesquisadora correspondente do Centre de Recherches Psychanalyse et Médecine, CRPM-Pandora. Université Denis-Diderot Paris VII. Investigadora-Colaboradora do Instituto de Psicologia Cognitiva da Universidade de Coimbra.

Ana Maria de Toledo Piza Rudge, Universidade Veiga de Almeida Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental

Psicanalista. Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professora no Programa de Pós-graduação em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida. Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Pesquisadora 1D do CNPq e membro do GT da ANPEPP “Psicanálise em Redes: teorias e práticas acadêmicas e profissionais”.

Diogo de Siqueira Bendelak dos Santos

Possui graduação em Psicologia pela Universidade da Amazônia (2010). Tem experiência na área de Psicologia com ênfase em Saúde Mental. Mestre em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014).

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Publicado

2016-06-19

Edição

Seção

Artigos