A fita branca. Psicanálise e fascismo

Autores

  • Jô Gondar Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro - CPRJ - Brasil UNIRIO - Brasil

Palavras-chave:

fascismo, perversão, resto, Michael Haneke.

Resumo

O artigo discute a relação entre perversão e fascismo a partir de uma leitura psicanalítica do filme A fita branca (2009), do cineasta austríaco Michael Haneke. Não se trata de um filme sobre a gênese do nazifascismo na Alemanha, mas de um filme que pergunta: como fazer para que haja o fascismo em qualquer lugar, em qualquer situação? A partir dessa pergunta, o artigo procura pensar o fascismo incrustado em nossa vida cotidiana, assim como o fascismo que ronda o exercício da psicanálise e de suas correntes teóricas.

Biografia do Autor

Jô Gondar, Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro - CPRJ - Brasil UNIRIO - Brasil

Psicanalista, membro efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, doutora em Psicologia Clínica, professora titular do Programa de Pós-Graduação em Memória Social da UNIRIO.

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Publicado

2018-12-02

Edição

Seção

Artigos