Da poesia dita que adormece e da escrita poética chinesa que desperta

Autores

  • Cleyton Andrade Universidade Federal de Alagoas - UFAL

DOI:

https://doi.org/10.71101/rtp.49.236

Palavras-chave:

psicanálise, fala, escrita, interpretação analítica, escrita poética chinesa.

Resumo

O texto procura traçar coordenadas iniciais para a compreensão da referência lacaniana a respeito da interpretação com relação à escrita poética chinesa. Para isso, aborda um percurso que passa por uma crítica lacaniana à fala como um dito que adormece, pelo modo de o analista responder a isso com um corte, até chegar a uma discussão que procura indicar uma diferença entre fala e escrita. Diferença fundamental para uma concepção de interpretação analítica pensada a partir da escrita – e, sobretudo, de uma escrita que não é para ser lida – para chegar a um
ponto de tornar pensável uma relação entre interpretação analítica e escrita poética, na condição de que esta última compreenda os elementos mínimos de uma escrita poética chinesa.

Biografia do Autor

Cleyton Andrade, Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Universidade Federal de Alagoas - UFAL, Instituto de Psicologia - Maceió, AL, Brasil.

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Publicado

2017-12-10

Como Citar

Andrade, C. (2017). Da poesia dita que adormece e da escrita poética chinesa que desperta. Revista Tempo Psicanalítico, 49(2), 9–29. https://doi.org/10.71101/rtp.49.236

Edição

Seção

Artigos