https://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/issue/feedTempo Psicanalítico2024-05-28T08:52:08-03:00Pedro Laureano Sobrinopedro@laureanopsi.com.brOpen Journal Systems<div> <p><strong>Linha editorial</strong></p> <p>Tempo Psicanalítico é um periódico científico semestral da SPID-Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle. Seu objetivo é publicar investigações/desenvolvimentos teóricos, relatos de pesquisa, debates, entrevistas e resenhas que contenham análises, críticas e reflexões sobre temas, fatos e questões a partir do referencial psicanalítico. Publica também artigos voltados à interlocução entre a psicanálise e outros campos do saber, como a filosofia e as ciências sociais, igualmente dedicados ao pensamento sobre a sociedade e a cultura. As propostas para publicação devem ser originais, não tendo sido publicadas em qualquer outro veículo do país. Publicam-se artigos em quatro línguas: português, espanhol, inglês e francês.</p> <p> </p> <p><strong>Editorial line </strong></p> <p> </p> <p>Tempo Psicanalítico is a biannual journal of SPID-Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle. Our goal is to publish research / theoretical developments, research reports, debates, interviews and reviews that contain analyzes, critiques and reflections on issues, events and issues from psychoanalysis. It also publishes articles focused on the dialogue between psychoanalysis and other fields of knowledge, such as philosophy and social sciences, also dedicated to thinking about society and culture. Proposals for publication must be original and has not been published in any other vehicle in the country. Articles are published in four languages: portuguese, spanish, english and french.</p> </div>https://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/796Aqueles anos loucos2023-07-03T16:52:48-03:00Marcos Paim Caldas Fontelesmarcospaimcfonteles@gmail.com<p>Resenha do livro “Anos Loucos: histórias da psicanálise às margens dos anos 1920” de Luiz Eduardo Prado de Oliveira.</p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/785Como se inicia o tratamento psicanalítico? Algumas considerações freudianas sobre a construção da hipótese diagnóstica2023-04-30T09:44:27-03:00Angelo Márcio Valle da Costaangelocosta@id.uff.brFlavia Lana Garcia de Oliveiraflavialanago@gmail.comTania Coelho dos Santoscoelhosantostania@gmail.com<p>Este artigo foi produzido no âmbito de uma pesquisa de mestrado, cujo objetivo era investigar a especificidade da orientação psicanalítica no início do tratamento, com ênfase no trabalho de formulação de hipóteses diagnósticas. Parte da constatação de que é um desafio para o supervisor e para o analista em treinamento transmitir e apropriar-se, respecitivamente, das ferramentas conceituais que permitam distinguir neurose obsessiva e melancolia, tendo em vista que a direção a dar ao tramento não é a mesma na neurose e na psicose. O risco de desencadeamentos e passagens ao ato cerca o ato analítico quando as entrevistas preliminares no início do tratamento não são levadas suficientemente a sério. Para avançarmos nesta precaução clínica, abordamos sistematicamente as distinções entre os quadros clínicos de luto e de melancolia, bem como o diagnóstico diferencial entre neurose obsessiva e melancolia, destacando a atualidade de estados melancoliformes em casos de neurose e psicose que conduzem à dúvida diagnóstica.</p>2024-01-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/573Experiência com crianças e educadores em uma Comunidade de Aprendizagem suficientemente boa: contribuições de D. W. Winnicott2020-12-14T17:45:58-03:00Taísa Resende Sousataisarsousa@gmail.comRegina Lúcia Sucupira Pedroza57pedroza@gmail.comFátima Lucília Vidal Rodriguesvidalrodrigues@yahoo.com.br<p>Este relato de pesquisa objetivou compreender a experiência com crianças e seus educadores na Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá (CAP), situada em uma Região Administrativa do Distrito Federal (DF). A fundamentação teórica ancora-se na relação entre psicanálise e educação, principalmente nas obras winnicottianas. A pesquisa é qualitativa, com base no método psicanalítico para construção e análise das informações. Os participantes foram 16 crianças (sete meninos e nove meninas) – com idades entre oito e 12 anos – do Núcleo de Projeto/Consolidação da Alfabetização, o que inclui o 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental; e 14 educadores (12 mulheres e dois homens) – com idades entre 24 e 48 anos. Utilizamos os seguintes procedimentos: observação participante, oficinas lúdicas e roda de conversa. Ressaltamos, nesse trabalho, as vivências nas observações participantes, em uma roda de conversa com educadores e na última oficina lúdica com um grupo de crianças e sua educadora. Como resultados e discussão, trazemos a experiência desses sujeitos, por meio da utilização da fotografia, da fala e da brincadeira, o que evidenciou que a CAP está sendo um ambiente suficientemente bom. Existem grandes desafios no processo reflexivo das ações cotidianas, assim como existe uma construção rotineira de uma educação com sentido, que permite chances de desenvolvimento, de forma respeitosa, transformadora e acolhedora.</p>2024-01-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/552Conversar sobre família: transferência e psicose2020-07-24T00:43:39-03:00Mateus Mourão Silvamateusmourao@gmail.comCristiane de Freitas Cunhas Grillocristianedefreitascunha@gmail.com<p class="p1">Este trabalho se inscreve numa investigação sobre a produção de efeitos terapêuticos rápidos na psicanálise aplicada à saúde. Interrogamos os princípios dessa prática, a partir da noção de transferência como motor da clínica psicanalítica. Construíndo um estudo de caso de melancolia atendido no Ambulatório de Saúde do Adolescente “Janela da Escuta”, servimo-nos dos desenvolvimentos lacanianos sobre a clínica nodal para propor a transferência como função de amarração entre os registros Real, Simbólico e Imaginário. Para essa psicótica, a transferência não se constituiu em direção ao S2 do sujeito-suposto-saber, mas antes a um S1, trabalhado em suas vertentes de Ideal do Eu, traço unário e letra. Essa montagem permitiu a formulação de um saber do lado do sujeito, e sua transmissão por um discurso. O resultado foi a introdução de uma mediação simbólica no campo da interpenetração entre Real e Imaginário, verificada pela produção de efeitos terapêuticos sobre fenômenos de desregulação do gozo no corpo. Por fim, caracterizamos o desejo do analista como operador ético que condiciona a psicanálise aplicada.</p>2024-01-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/667Psicanálise: lugar de fala e lugar de escuta2023-09-06T11:53:56-03:00Luciane Rombaldi Davidluciane.rdavid@gmail.comGustavo Caetano de Mattos Manogustavo.mano@gmail.comRoberto Henrique Amorim de Medeirosrobertoamorim80@hotmail.com<p>Este artigo propõe-se a trabalhar a ideia de “lugar de fala” e suas potenciais aplicações ao campo psicanalítico, derivando, a partir dele, o conceito de “lugar de escuta”. Para tanto, iniciamos com um percorrido pelo conceito de lugar de fala proposto por Djamila Ribeiro. A seguir, buscamos dialogar tal formulação aos aportes teóricos de Lélia Gonzalez e Jacques Lacan, tomando os esquemas quadrípodes como guia de reflexão. Por fim, elabora-se a conceituação de lugar de fala e lugar de escuta em psicanálise, com a compreensão de que o lugar de fala convoca o analista a examinar sua própria localização social, além de toda a cadeia de representatividade que carrega consigo, com histórias e vivências que se conectam e reverberam em sua prática. Como desdobramento do conceito de lugar de fala elaboramos que a noção lugar de escuta psicanalítico envolve a promoção do desejo de narratividade. Conclui-se que lugar de fala e lugar de escuta em psicanálise são posições dialéticas, relacionadas e intercambiantes no processo de análise.</p>2024-01-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/821Narrando dores: testemunho, luto e memória2023-09-27T17:19:48-03:00Joana Vilhena Novaesjoanavnovaes@gmail.comJoel Birmanjoelbirman@uol.com.br<p>O presente artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla de pós-doutoramento sobre corpo, luto, memória, trauma psíquico e modos de subjetivação, realizada pela autora. Aqui, buscamos interrogar as interseções entre as esferas pública e privada, a história e a memória, o pessoal e o coletivo, defendendo a necessidade de uma escrita do luto, aliada à potência política da imaginação, como tarefa primordial cultural e social. Pré-condição para elaboração do passado e, sobretudo, para a construção de nosso presente. Por meio da escolha de um corpus, inicialmente, amplo e heterogêneo, mas articulado por formas compartilhadas de violência de Estado, perda e desaparecimento, procuramos mapear distintas formações discursivas que problematizem nosso hipertrofiado espaço biográfico e atrofiado campo político. No contexto de uma virada testemunhal de uma sociedade, simultaneamente, marcada pela catástrofe e mediada pela imagem, talvez seja preciso, como tarefa política urgente, narrar o trauma e escrever o luto para, desse modo, desprivatizar a dor. Neste sentido, para refletir sobre a dimensão política da dor, nos pareceu oportuno utilizar a desconstrução do conceito tradicional de arquivo feita pelo filósofo Jacques Derrida.</p>2024-02-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/687Uma avó, duas mães e duas filhas: Sintoma e transmissão psíquica2023-11-28T22:18:02-03:00Rebeca Espinosa Cruz Amaralrespinosacamaral@hotmail.com<p>Compreendendo que a psicanálise só se construiu e pôde avançar a partir da prática clínica, construiu-se este artigo, fruto de um atendimento de uma menina de dez anos que trouxe questões relativas ao campo da psicanálise com crianças, as quais foram abordadas ainda através de uma revisão bibliográfica. Visamos centralmente elucidar a articulação do sintoma infantil com as relações familiares da criança, principalmente no que concerne ao processo de transmissão psíquica geracional. Além disso, demonstra-se que numa análise, via transferência, a criança pode falar de seu sintoma e elaborar as cargas psíquicas transmitidas transgeracionalmente, subvertendo os sentidos herdados e buscando suas próprias significações dentro da cadeia herdada.</p>2024-02-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/673Mecanismos de defesa em pais de bebês com diagnóstico de deficiência física2023-11-28T22:01:19-03:00Diego Rodrigues Silvasilva.diego@alumni.usp.brNatália Alves Calejurinatalia.calejuri@usp.brMaria Cristina Machado Kupfermckupfer@usp.brRogério Lernerrogerlerner@usp.brCondições físicas visivelmente atípicas despertam insegurança, inquietação e terror levando as pessoas a comportamentos peculiares. Historicamente se observam reações à deficiência física que apontam para o uso de mecanismos de defesa frente à fragilidade da ordem que o quadro desvela. Ainda que alguns já tenham sido mapeados pela literatura, pouco foi descrito acerca das defesas no contexto da relação pais-bebê. Este artigo tem como objetivo analisar o relato da parentalidade de bebês com deficiência física após seu diagnóstico. Trata-se de um estudo exploratório em que participaram 20 díades compostas por cuidador principal e bebê, sendo 10 díades cujos filhos apresentavam deficiência física (grupo caso) e 10 díades sem deficiência (grupo controle) pareadas por critérios sociodemográficos e por faixa etária. Utilizando a Entrevista Semiestruturada, analisada por meio da Análise de Conteúdo, foram observadas particularidades no grupo caso e indícios dos mecanismos formação reativa, anulação e isolamento, não detectados pelos autores clássicos. Conclui-se que as reações à deficiência implicam em processos de descatexia que não incidem apenas sobre os objetos, mas também às suas conexões, o que pode afetar o vínculo cuidador-bebê o exercício das funções parentais.2024-02-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/669A conclusão que habilita um começo: considerações acerca da transferência e do fim de análise2023-09-06T11:50:46-03:00Camila Quinteiro Kushnircamilaqk@yahoo.com.br<p>Este artigo tem como objetivo abordar o tema da transferência e sua estrutura sob a forma de sujeito suposto saber, tal como teorizado por Lacan, em articulação com o fim de análise. O interesse pelo tema surge pelo destaque que Freud e, posteriormente, Lacan conferem à transferência como conceito fundamental. Segundo os autores, somente a partir da instauração da transferência a interpretação analítica poderia se realizar, acarretando certas mudanças subjetivas. No término de uma análise dita bem-sucedida, segundo Freud, quando analista e analisando deixam de se encontrar, a aposta é que os sintomas não retornem e o sofrimento causado por eles tenha se dissipado. Ademais, Lacan, com as noções de Outro, sujeito e saber, trabalha a estrutura da transferência a partir de uma suposição de saber sustentada pelo analista, na medida em que ele atua desde o campo do Outro. Para o francês é a incompletude desse campo, denominada de castração, que será verificada em uma análise, sendo ao final desta que o analisando poderá ter notícias dos efeitos da falta estrutural da linguagem em sua vida. Se cabe ao analista ser o suporte do sujeito suposto saber, ao passar pelo seu próprio processo de análise ele torna-se advertido de que não há sujeito que detenha um saber, nem mesmo um Outro onisciente onde o saber esteja assegurado. Assim, para que o saber que conduzirá à verdade do sujeito possa se produzir nas análises que ele dirige faz-se necessário que o analista não recue de seu ato. Ao final dessa operação o analista torna-se remanescente, já que dele não é mais requerido um saber. </p>2024-05-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/577O corpo, as identificações e o fim de uma análise: ir mais longe que o Inconsciente2020-12-29T14:45:21-03:00Leonardo Barreira Danziatoleonardodanziato@unifor.br<p>Partindo da ampla problemática das três identificações na obra de Freud, o autor percorre o último período da obra Lacan, especialmente os seminários “RSI”, O Sinthoma e “L’insu que sait de l’une-bévue s’aile a mourre”, para buscar as possíveis articulações e diferenças entre as três identificações freudianas, uma quarta identificação ao sintoma e a consequente invenção do <em>sinthoma</em>, como uma proposta para o fim de uma análise. Utilizando-se dos reviramentos da figura topológica do toro, e toda a lógica da incorporação contida do processo de identificação, busca demonstrar que a identificação do fim de uma análise foge à lógica comum das identificações que se sustentam na incorporação dos significantes do Outro (A). A identificação ao sintoma e a invenção do <em>sinthoma</em> possibilitam ao <em>Parletre</em> algo inédito que escapa do campo do Outro (A), indo mais longe que o inconsciente.</p>2024-05-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/597O fantasma no horizonte: clínica e estrutura.2021-01-21T12:20:03-03:00Leonardo Piva Botegal.pivabotega@gmail.comClaudia Maria de Sousa Palmacacaupalma@gmail.com<p align="justify">O presente trabalho acompanha o trilhamento do conceito de fantasia na obra freudiana e na obra lacaniana, considerando a articulação deste com os fundamentos da metapsicologia e da clínica psicanalítica. Para tanto, o artigo retoma o conceito em Freud sublinhando sua inserção na metapsicologia, especificamente na relação com os sonhos, os sintomas e o sexual. Com Lacan, será discutido o aspecto estrutural da fantasia, sublinhando seu lugar essencial no final de análise. Conclui-se que a fantasia é um operador clínico permanente à condução de um tratamento, constatando a condição estrutural que a fantasia des-vela à condição humana.</p>2024-05-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/645Wiederholungszwang: uma perspectiva teórica acerca da tradução2023-06-25T15:38:22-03:00Matheus Pereiramatheusguil@gmail.comCarlos Henrique Kesslercarloshkessler@yahoo.com.br<p>Este trabalho busca explorar o tema da tradução brasileira do conceito freudiano de compulsão de repetição e possíveis consequências teóricas dessa tradução. Começando por uma análise do uso que Freud faz desse conceito e explorando o vocabulário original, com os termos em alemão <em>Wiederholungszwang </em>e <em>Zwang zur Wiederholung</em>, presentes principalmente em dois textos: <em>Recordar, repetir e elaborar </em>(1914) e <em>Além do Princípio do Prazer </em>(1920). Inicialmente, fizemos uma pesquisa dentro das diversas versões brasileiras, explorando as diferentes propostas de tradução e analisando o atual estado da discussão sobre esse ponto específico da tradução. Na sequência, pesquisamos como essa temática, e no mais específico, esses termos aparecem em Lacan. Explorando, também, qual tradução encontramos no ensino do autor francês e quais são as possíveis motivações para suas escolhas, buscando extrair a partir disso consequências teóricas. Por fim, apontamos argumentos em Freud e em Lacan que em nossa leitura dão sustentação a nossa proposta de tradução para <em>Wiederholungszwang</em>.</p>2024-05-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/862Os Impasses da solidão adolescente e seus destinos no contexto virtual contemporâneo2024-01-20T10:30:50-03:00Luiza Dallale Teixeiradallaleluiza@gmail.com<p>Resumo<br>O artigo trabalha a trama da adolescência e seus impasses na contemporaneidade a partir do conceito de solidão, procurando compreender os destinos possíveis para a subjetivação dentro do contexto virtual tecnológico. Pensando sobre os efeitos sintomáticos oriundos das possíveis formas de relação com as tecnologias, objetiva-se apresentar como a vivência virtual pode tanto representar para os jovens da atualidade uma companhia fértil e criativa, como, por outro lado, destino solitário, convocando a atualização de um isolamento subjetivo traumático radical. Com este objetivo em mente e destacando a importância das relações primordiais e do papel dos pais como figuras ativas de relevância durante o percurso de adolescer de seus filhos, apresenta-se noções como “trauma”, “isolamento”, “capacidade de estar só” e “criatividade” para a psicanálise articulando-as com os percalços e possibilidades da virtualidade vivenciada pelos adolescentes hoje.</p>2024-05-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/671A contratransferência como dispositivo vivo na clínica dos funcionamentos limites2023-08-17T09:08:07-03:00Renata Arouca de Oliveira Moraisrearouca80@gmail.comDeise Matos do Amparodeise.amparo.matos@gmail.comAna Clara de Oliveira Alvesaclaraalves94@gmail.com<p>Neste artigo abordamos o tema dos casos-limite e as especificidades dessa clínica para, em seguida, apresentarmos um caso clínico que permite discutir as questões sobre a técnica e a contratransferência. Ao se considerar essa outra cena como dispositivo vivo do analista, refletimos sobre a necessidade de adaptações no setting e da manutenção da capacidade de pensar do analista para conter a destrutividade apresentada por tais pacientes. A análise ocorre, então, como um espaço para construir o que não foi representado ou o nunca vivido, ao construir possibilidades da realização da alteridade e do desenvolvimento da função simbólica. Esta clínica demanda do analista disponibilidade, abertura, presença, apoio, receptividade, capacidade de “conter”, de receber em depósito e de simbolizar ali onde o outro ainda não consegue fazê-lo, nisso reside uma grande parte das condições de trabalho. Nesse sentido, o trabalho clínico requer do analista, além de sua capacidade de pensar e sonhar, sua capacidade de estar com o outro de forma afetiva. Trabalho que convoca ter empatia, paciência, capacidade de espera, em função de lidar com pacientes mais sensíveis e ter a capacidade de enlouquecer junto, ao entrar em sintonia com eles no momento da sessão.</p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/639No estado-limite da analisabilidade: contribuições do conceito freudiano de construção ao fazer psicanalítico contemporâneo.2023-06-25T15:30:26-03:00Martina Dall'Igna de Oliveiramartinadoliv@gmail.comAmadeu de Oliveira Weinmannweinmann.amadeu@gmail.com<p>Este artigo se dispõe a explorar o fazer psicanalítico frente às patologias que tensionam as fronteiras da atividade do analista. Para tanto, partimos da problematização dos casos limite na psicanálise, visto que a pluralidade de nomenclaturas para essas configurações psíquicas – <em>fronteiriças, borderline, estados-limite, patologias do narcisismo</em> – evidencia uma inevitável interrogação à teoria e à técnica psicanalítica. Estes psiquismos, por apresentarem falhas nas representações simbólicas, têm como forma prevalente de escoamento das intensidades não tramitadas psiquicamente a força da <em>moção pulsional</em> da segunda tópica freudiana, colocando em xeque o enquadre clássico psicanalítico. Considera-se, portanto, essas manifestações como <em>estado no limite da analisabilidade</em>, interrogantes, por isso mesmo, da atividade do analista. A partir da nossa leitura do texto freudiano <em>Construções na análise</em>, buscamos enlaçar o conceito de construção ao fazer psicanalítico frente a esse estado-limite, dialogando com contribuições da literatura psicanalítica atual acerca dos processos de subjetivação na análise dessas configurações psíquicas.</p><p> </p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/678A experiência do Christus Sacerdos (1966 – 1970) na história do movimento psicanalítico do Rio Grande do Sul2022-06-13T19:04:39-03:00Letícia Gomes da Silvalgs.leticia@gmail.comAna Maria Gageiroag34655@gmail.com<p>O presente trabalho trata de um recorte histórico da implantação do pensamento psicanalítico na cidade de São Leopoldo e suas reverberações no movimento psicanalítico do Rio Grande do Sul. A partir da análise de arquivos e entrevistas, esta pesquisa considera como um fato histórico a elaboração e a execução do Curso <em>Christus Sacerdos</em> (1966-1970) e participação de analistas vinculados ao Círculo Carusiano e de padres jesuítas nesse curso com ênfase em Teologia Renovada e Psicanálise. Os padres participantes, todos com cargos importantes na formação do clero brasileiro, participaram de aulas sobre psicanálise e de sessões de análise individuais e grupais ministradas no Colégio Cristo Rei, na cidade de São Leopoldo. Paralelamente ao movimento dos argentinos e dos brasileiros que voltavam de suas formações psicanalíticas em Buenos Aires, encontramos um caminho de ruptura com a <em>International Psychoanalytical Association</em> (IPA) já acontecendo em solo brasileiro e contando com o Curso <em>Christus Sacerdos</em> como um dos condicionantes desse processo de busca por espaços coletivos para a expansão do freudismo no Rio Grande do Sul.</p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tempo Psicanalíticohttps://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/867Tensionamentos e articulações entre a clínica psicanalítica das psicoses [e] a atenção psicossocial: uma aposta ético-política2024-01-31T09:30:30-03:00Pedro Gayoso de Carvalho Gonçalvespedrogayoso@id.uff.brCarlos Alberto Ribeiro Costacostacarlos@id.uff.br<p>O presente artigo, a partir de uma revisão bibliográfica, tem como finalidade refletir sobre os pontos de toque e diferença entre a psicanálise e o paradigma da atenção psicossocial. Ao pensar as incidências e consequências para a clínica psicanalítica das psicoses a partir de sua inserção no campo da saúde mental pública brasileira e vice versa, procuramos também recolher alguns efeitos das reverberações obtidas deste encontro entre as abordagens. Entendemos que um caminho possível para apresentar uma resposta ao questionamento proposto, seja pela via de um tensionamento entre um campo do outro, instrumentalizado pela utilização do e entre aspas e/ou colchetes enquanto conectivo não homogeneizador. Embora sejam campos distintos e não suplementares, o “e” disjuntivo que tensiona, mas também articula psicanálise e atenção psicossocial, denota o quão fértil essas trocas são para cada um desses campos e para a saúde mental pública brasileira. Entendemos que fazer uso do “e” disjuntivo permite atingirmos esse espaço intervalar e não homogeneizador entre atenção psicossocial e psicanálise, criando uma zona de interseção, mas também de intervalo e de hiância, que concede lugar para o inusitado, o imprevisto e o criativo, amplificando e potencializando o manejo terapêutico junto aos sujeitos em sofrimento mental na Rede de Atenção Psicossocial.</p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://www.tempopsicanalitico.com.br/tempopsicanalitico/article/view/765Trauma infantil e violência crônica contra a mulher: um olhar à luz da psicanálise winnicottiana2023-02-16T20:53:21-03:00Omar Moreira Del Biancoomardelbianco@gmail.comDenise Denise Gimenez Ramos deniseramos@uol.com.brRosa Maria Tosta rosamariarmt@terra.com.br<p>Face ao alarmante aumento no índice de violência conjugal dos últimos anos e às dificuldades existentes para o rompimento do <em>ciclo revitimizatório</em>, que pode ter sua origem na tenra idade, este artigo tem o objetivo de investigar a psicodinâmica da mulher vítima de traumas infantis e de violência crônica pelo parceiro íntimo. Esse é um estudo qualitativo, de caráter exploratório-descritivo, que adota como base a teoria winnicottina do desenvolvimento emocional. Discute-se o material oriundo de entrevistas semidirigidas realizadas com três mulheres heterossexuais, com filhos e em relacionamento duradouro com seus companheiros, além dos dados obtidos no Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) e do Instrumento WHO VAW STUDY sobre violência de gênero. Os resultados demonstram que experiências traumáticas na infância contribuem para a permanência da mulher em um relacionamento abusivo, fenômeno que pode estar relacionado à busca de si-mesmo que é procurada no ambiente e nas relações interpessoais. Os pressupostos psicanalíticos de Winnicott e autores correlatos apoiam esse achado e lançam luz sobre os fenômenos analisados, contribuindo para a clínica do trauma e para o entendimento da etiologia das modalidades patológicas de relação e da psicodinâmica da mulher vítima de violência.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Trauma infantil; violência contra mulher; violência por parceiro íntimo; Winnicott.</p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024